quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Doce, doce, doce..

Boa noite aos (poucos) queridos que estão lendo agora! :)

Well, não quero ficar fazendo apresentações minuciosamente detalhadas dos motivos que me levaram a escrever aqui e compartilhar coisas que eu penso/sinto/vejo/quero com outras (ou, talvez, zero) pessoas. Deixo claro, desde logo, que nem sempre meus posts vão ser super profundos ou dotados de conteúdos complexos.. acho justo que as postagens acompanhem meu pensamento/estado do dia.. sendo assim, vamos admitir: nem todo mundo tá sempre no auge da sua complexidade, ? ;) Isso quando tivermos algum assunto para expor também, obviously.

Mas hoje é um dia que até tem o que falar!
Conversando com uma amiga hoje (Carol, um beijo pra você) eu percebi o quanto é estranho a gente reviver tantos sentimentos/emoções só com uma lembrança.. e, mais incrível ainda, é que mesmo se perguntando se aquela coisa toda fez sentido em algum momento, ou até mesmo se arrependendo, a gente tem a habilidade de sofrer, rir, chorar, duvidar, sentir raiva, ódio, tudo! Tudo, tudo, tudo de novo. E é nessas horas que (pelo menos) eu me questiono se é saudade, se é falta, ou se a lembrança é realmente algo tão forte assim. Se a gente descartou ou não quis mais algo, é tão estranho (pelo menos pra mim, de novo) que essas mesmas questões voltem a assustar, assombrar ou a perturbar nossas mentes.. E mais: nos fazer sentir tudo como se fosse agora.
Na verdade, eu acho que isso tudo cai numa questão pior ainda: será que a gente realmente valoriza aquilo que tá vivendo? Aproveita as chances, os dias, as horas, os minutos da nossa vida de verdade? Ou que nossas mentes são só movidas a expectativas e ideias? Porque, sinceramente, eu confesso que ideias movem 90% do meu pensamento. Sim, é isso mesmo. Ok, ou não.. se não deitar numa cama e ficar pensando o dia inteiro (com intervalos somente pra banheiro e cozinha) seria minha atividade preferida de longe (e eu tenho pânico, repito, pânico de passar um dia num sedentarismo desses).
Corrigindo, agora: nossos pensamentos e, TAMBÉM, nossas ações são focados nas expectativas e nas ideias. Muitas das coisas que fazemos são projetadas numa ideia futura, numa ideia maior.. que às vezes não parece chegar nunca. (Ok, confesso: quando eu digo NOSSAS, NÓS, TEMOS, FAZEMOS eu me refiro aos meus pensamentos, antes que alguém me xingue aqui).
E sincertamente, não sei se eu me queixo dessa minha fissura/fixação pelo plano das ideias. Acho que esse gostinho de intaginbilidade é o que dá à vida a vontade de mudar, de se mexer, de sair do lugar. Há quem reclame dessa minha insatisfação crônica, dizendo que não adianta mudar nada na minha vida que minha satisfação plena nunca vai chegar. Mas, sinceramente, o que é que eu to procurando? Eu não sei! Não tenho ideia de qual seja o nome disso. Eu sei que a busca é muito legal. Às vezes a gente busca essa coisa sem nome nas lembranças e nos sentimentos que elas trazem, às vezes corre atrás dela por meio de ações que a gente pensa que são transformadoras.. e, às vezes, só pensa, pensa, pensa, pensa.. e descobre que ainda tem muito o que perseguir!
Que seja doce, então, a nossa procura, e que seja doce a descoberta daqueles que conseguirem achar essa tal coisa.

Um beijo pra quem leu até aqui (mas só se você leu até aqui mesmo, hunf) :*









5 comentários:

  1. Dentinho gosta de doce, doce, doce!
    Acho que a mutabilidade das coisas pode transformar uma lembrança completamente de uma hora pra outra... só o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. E, bom, sua busca está no presente =)
    i < 3u

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  2. exatamente, pretinho! o presente tá, de alguma forma, sempre voltado pra essa busca incessável que fazemos todo santo dia.. portanto, o passado vai ser marcado por ações que levem a essa busca.. e o futuro, bom, o futuro sim é incerto ;) mas certos hábitos nunca morrem, né? te amo mais

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  3. minha amiga linda escreve tão bem!
    Cara, por isso que as vezes eu falo que o mundo é regido por sintonias..
    Vivi esses mesmos questionamentos na semana passada e quanto a essa história de busca, conversei sobre isso no loreninha!
    Quanto às lembranças.. acho impressionante como somos capazes de sentir as coisas repetidamente. Esses dias conversei com uma amiga minha sobre ler diários antigos e me impressionei comigo mesma tendo os exatos sentimentos que eu tinha qdo tinha 14 anos! Ri, chorei, senti raiva, fiquei feliz, parecia que havia me transportado pra lá! e Sim, hoje eu dou valor aquela epoca graciosa da minha vida, e aprendi com isso a valorizar essa aqui também, sempre na esperança de que o futuro guarda coisas ainda melhores. Até pq, vc entende pq como eu, é intensa pra cacete. Tudo intenso. Vc sabe do que eu tô falando, você vive. VIVE mesmo, e cara.. poucas pessoas conseguem usar esse verbo dessa maneira tão verdadeira, tão plena..
    Quanto a busca, costumo dizer que aquele que está no fundo do poço mas que busca melhorar está melhor do que aquele estagnado aos céus..
    É clichê, masfaz todo sentido dizer que não interessa muito onde voce está e sim, aonde quer ir.. BUSCAR, Esse é o sentido da vida, sempre buscar alguma coisa.. Não é insatisfação crônica apesar de eu ter amado o termo, mas é intensidade mesmo. É querer preencher a vida..
    Vc é linda, vc sabe disso, em todos os sentidos. Amei conhecer você. Aliás, vc é ótima com as palavras, já te disse isso. Vc é muito expressiva, parabéns.
    <3

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  4. aai leti, eu me alimento das minhas lembranças e vivo tanto procurando revive-las quando buscando criar novas lembranças! eu não acho que alguém encontre o que está procurando efetivamente.. o que a gente quer muda o tempo todo! essa é a graça.. a gente vai pra frente porque ta sempre correndo atras de algo.. de algo bem doce!
    =**

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  5. Gostei muito, Letícia! Tá me inspirando! haha
    Espero que o blog tenha sucesso e não fique escondido como o meu rs ;)
    Beijo

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